4 de dezembro de 2025

Por que pessoas no fim da vida veem entes queridos mortos há anos

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Médico Relata Experiências de Final de Vida que Desafiam Explicações Convencionais

Em abril de 1999, o médico americano Christopher Kerr testemunhou um momento marcante que mudaria sua perspectiva profissional para sempre.

Uma paciente, Mary, estava prestes a falecer, cercada por seus filhos adultos no quarto do hospital. Num gesto inesperado, ela começou a embalar um bebê imaginário, chamado “Danny”, a quem ela abraçava e beijava carinhosamente.

Esse episódio intrigante levou Kerr a repensar sua carreira. Após uma trajetória convencional em medicina interna e cardiologia, ele decidiu explorar mais profundamente as experiências de pacientes terminais.

Hoje, Kerr é reconhecido como uma das principais autoridades mundiais nesse campo. Ele tem observado que, semanas antes da morte, muitos pacientes têm visões e sonhos vívidos, que aumentam em frequência à medida que o fim se aproxima.

Essas experiências frequentemente envolvem reencontros com entes queridos falecidos e trazem conforto e paz aos pacientes. Kerr ressalta que esses pacientes não estão confusos; pelo contrário, estão emocional e espiritualmente presentes.

Christopher Kerr é uma das principais autoridades no estudo das experiências vivenciadas por pessoas perto da morte

Apesar de suas pesquisas científicas, muitos médicos ainda descartam esses fenômenos como alucinações. Kerr iniciou um estudo pioneiro em 2010 nos EUA para fornecer evidências mais concretas sobre essas experiências.

Embora tenha publicado vários artigos científicos, Kerr observa que a medicina convencional ainda reluta em reconhecer a importância dessas experiências. Ele acredita que a falta de abertura para o abstrato na medicina contribui para isso.

As experiências de final de vida não só impactam os pacientes, mas também suas famílias, fornecendo conforto e paz durante o processo de luto.

Kerr evita interpretar essas experiências além do que são, mas sua abertura e respeito pelo mistério da morte o deixam esperançoso por algo além da compreensão humana.

Após 25 anos de estudo, Kerr conclui que as pessoas nunca perdem verdadeiramente aqueles que amam, e que a morte não pode ser definida como algo vazio, sugerindo uma história maior além da vida terrena.

Fonte: G1 / BBC News Brasil

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