Suspeita de ter assassinado filha de sete anos em Novo Hamburgo é transferida para Hospital de Charqueadas

Kauana do Nascimento, 31 anos, considerada a principal suspeita de ter assassinado a própria filha, Anna Pilar Cabrera, sete anos, foi transferida para o Centro de Custódia Hospitalar de Charqueadas, na última sexta-feira (16). Segundo a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), ela está recebendo tratamento médico nesta ala do Hospital de Charqueadas, destinada a pessoas privadas de liberdade. Ainda não se sabe onde ela ficará detida após receber alta.

 Crime aconteceu em prédio da região central de Novo Hamburgo no último dia 9.


Kauana estava sob custódia no Hospital Municipal de Novo Hamburgo desde o dia do crime, 9 de agosto. Além de supostamente ter golpeado a menina a facadas, ela teria provocado ferimentos em si mesma, motivo pelo qual recebe cuidados hospitalares. A Susepe, no entanto, disse não ter acesso à informação a respeito do motivo que levou a mãe de Anna Pilar a ser encaminhada para o atendimento hospitalar de Charqueadas. A Polícia Civil também não informa a razão da transferência.


À reportagem, a Justiça informou que o Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp) de Porto Alegre acompanha a evolução do quadro médico da suspeita, pois uma oitiva em nova audiência de custódia ainda está pendente.

Mãe e filha foram encontradas pelos vizinhos na escadaria do edifício, ensanguentadas.


“Depois que Kauana receber alta, ela será encaminhada a um presídio feminino, a ser definido oportunamente.
Não há presídios femininos na cidade de Charqueadas”, informou o órgão por e-mail. A suspeita está presa preventivamente desde o último dia 11.

Quando o o Samu chegou ao local, a menina já estava morta.


Anna Pilar Cabrera, sete anos, menina descrita por vizinhos e conhecidos como esperta e meiga, morreu no dia 9 de agosto, uma sexta-feira. A criança foi atingida por nove golpes de faca no condomínio onde residia, na área central de Novo Hamburgo, no Vale do Sinos.


Pouco depois das 18h daquele dia, vizinhos ouviram gritos dentro do prédio. Kauana foi encontrada gritando, abraçada ao corpo da criança, que já estava desfalecida e ensanguentada, no corredor do prédio. Ela teria dito que a menina havia caído da escada. Os vizinhos acionaram o Serviço Móvel de Urgência (Samu), mas a menina já estava morta.


Havia sangue dentro do apartamento onde as duas viviam, e uma faca foi achada sobre uma cama. Como também tinha um ferimento de faca no peito, a mãe foi hospitalizada sob custódia da polícia.


A reportagem entrou em contato com o Conselho Tutelar de Novo Hamburgo, que afirmou não ter “histórico de atendimento ou qualquer denúncia de maus-tratos contra a criança em nosso sistema”.


A Delegacia de Homicídios de Novo Hamburgo diz que a investigação segue em andamento, mas não dá detalhes, sob o argumento de que eventuais divulgações podem prejudicar o desdobramento do caso. O inquérito deve ser concluído nos próximos dias.


Contraponto

Kauana foi representada pela Defensoria Pública na audiência de custódia. Procurado, o órgão disse que atuou apenas naquele momento e que outras manifestações serão feitas somente nos autos do processo.


“A Defensoria Pública atuou somente na audiência de custódia. Caso ela opte por não constituir advogado particular, a instituição seguirá atuando na defesa da investigada, conforme previsto na Constituição Federal. Outras manifestações serão feitas somente nos autos do processo”, diz a nota.





gzh

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